Veículo aéreo não tripulado
Um
Veículo Aéreo Não Tripulado (
VANT) ou
Veículo Aéreo Remotamente Pilotado (
VARP), também chamado
UAV (do
inglês Unmanned Aerial Vehicle) e mais conhecido como
drone (
zangão, em inglês), é todo e qualquer tipo de
aeronave que não necessita de pilotos embarcados para ser guiada. Esses aviões são controlados a distância por meios eletrônicos e computacionais, sob a supervisão e governo humanos, ou sem a sua intervenção, por meio de
Controladores Lógicos Programáveis (CLP).
História
Os VANTs ou drones foram idealizados para fins militares. Inspirados nas bombas voadoras alemãs, do tipo V-1, e nos inofensivos aeromodelos rádio-controlados. Estas máquinas voadoras de última geração foram concebidas, projetadas e construídas para serem usadas em missões muito perigosas para serem executadas por seres humanos, nas áreas de inteligência militar, apoio e controle de tiro de artilharia, apoio aéreo a tropas de infantaria e cavalaria no campo de batalha, controle de mísseis de cruzeiro, atividades de patrulhamento urbano, costeiro, ambiental e de fronteiras, atividades de busca e resgate, entre outras. Eles são muitas vezes preferidos para missões que são "maçantes ou perigosas" [1] para aviões tripulados como policiamento e combate a incêndios, e com a segurança não militar, como a vigilância de dutos.
Atualmente, o desenvolvimento de pesquisas e fabricação de VANT são realizadas e estimuladas, principalmente, por militares estadunidenses, pelas Forças Armadas de Israel. Os drones são, há vários anos, um dos principais instrumentos da estratégia militar dos Estados Unidos, mas 51 Estados já possuem esta tecnologia.[2]
Segundo relatórios do
Bureau of Investigative Journalism (BIJ), sediado em
Londres, entre 2.629 e 3.461 pessoas foram mortas desde
2004 no
Paquistão, por ataques de
drones da
CIA e
DoD. Entre as vítimas, calcula-se que 475 a 891 eram civis.
[2] Nas últimas décadas, os
drones foram usados sobretudo no
Kosovo, no
Tchad, e também nos
ataques americanos ao Paquistão e contra a pirataria marítima.
[3] .
Estima-se que de 2008 a 2012, os
Estados Unidos já realizaram 145 ataques na Líbia, 48 no Iraque e mais de 1.000 no Afeganistão utilizando drones. Os militares britânicos a partir de julho de 2013 lançaram ao Afeganistão 299 drones em suas ofensivas.
[4]
Em 24 de janeiro de 2012, a
Organização das Nações Unidas lançou um projeto denominado
Naming the Dead ("Dando nome aos Mortos"), com a finalidade de investigar a morte de civis e militantes por 25 ataques de
drones americanos no Paquistão, no
Iêmen, na
Somália, no
Afeganistão e nos
Territórios Palestinos.
[5] [6] [7] A investigação é uma resposta a denúncias sobre a morte de civis, inclusive crianças, durante ataques de
drones no Iêmen.
[8] "O aumento exponencial do uso da tecnologia dos
drones em diversas situações representa um verdadeiro desafio para o
direito internacional atual", declarou Ben Emmerson, relator especial da ONU sobre a proteção dos
direitos humanos no combate ao
terrorismo. Segundo dados oficiais, os
drones Predator e
Reaper dispararam 506 mísseis em 2012, no Afeganistão, contra 294 em
2011 - um aumento de 72% - embora o total de
ataques aéreos americanos tenha diminuído 25%, no mesmo período.
[2]
Em 12 de dezembro de 2013, 16 civis foram mortos e 10 ficaram feridos em um ataque no Lemen na província de Al- Baida, onde foram confundidos com membros da Al-Qaeda quando participavam de duas procissões de casamento separadamente.
[9]